O site da
revista SuperInteressante sempre reune os mais variados tipos de listas, muitas
das vezes tão interessantes quanto o título da publicação.
Dessa vez, o
jornalista Marcel Verrumo enumerou sete gays que marcaram a História.
Quer saber
quem são eles?
Leia o texto
abaixo.
Nem só por
héteros foi escrita a História. Ao longo dos séculos, muitos heróis – e vilões
– que mudaram os rumos da civilização foram gays. Alguns foram aceitos por seu
tempo. Outros não tiveram a mesma sorte. Isso sem falar naqueles cuja
orientação sexual nunca ficou clara.
Em algumas
civilizações antigas, nem era preciso sair do armário – a homossexualidade era
natural e fazia parte da sociedade. A condenação dos gays veio com a ascensão
das religiões monoteístas. Em 533, o imperador cristão Justiniano assinou a
primeira lei que proibia as práticas homossexuais. A pena pelo “crime” podia
ser a morte. Nos séculos seguintes, a história da comunidade gay foi marcada
por condenações, perseguições e assassinatos. Mas também por grandes feitos na
política, na ciência e nas artes. Relembre 6 gays que, para o bem ou para o
mal, mudaram a história.
1. Sócrates
(470 a.C. – 399 a.C.)
Sócrates, um dos principais
filósofos ocidentais, viveu na Grécia Antiga, onde era normal um homem mais
velho manter relações sexuais com homens jovens. O tutor de Platão chegou a
declarar que o sexo anal era sua melhor fonte de inspiração e que relações
heterossexuais serviam apenas para procriação. Detalhe: Sócrates defendia a
investigação e o diálogo para se chegar à verdade, método que deu origem à
famosa DR que assombra casais. Será que, em algum momento, ele precisou ter uma
DR porque sua “fonte de inspiração” havia secado?!
2. Alexandre, o Grande (356 a.C. –
323 a.C.)
A orientação sexual do
guerreiro macedônio é assunto que já rendeu polêmicos estudos acadêmicos,
livros e até filmes hollywoodianos. O historiador Plutarco conta que Alexandre
se casou quatro vezes (com mulheres). No entanto, alguns historiadores, como
Diodoro Sículo, afirmam que o guerreiro teria tido pelo menos um amante-homem,
Heféstion. Aliás, quando Heféstion morreu, Alexandre teria ficado sem comer e
beber por vários dias.
3. Leonardo da Vinci
(1452 – 1519)
A versatilidade e o talento
de Leonardo da Vinci nunca surtiu dúvidas: ele foi cientista, engenheiro,
anatomista, botânico, inventor. E pintor, claro. Com base em registros
históricos e em escritos pessoais, biógrafos de Da Vinci deduzem que o gênio
teria sido homossexual. Leonardo passou, inclusive, por um tribunal após ser
acusado de sodomia com um homem prostituto. A acusação não foi adiante, mas os
boatos a respeito da sexualidade de Da Vinci permanecem até hoje.
4. Ernest Röhm (1887
– 1934)
Homossexual assumido, Röhm
foi um dos braços-direito de Adolf Hitler e um dos responsáveis pelo
crescimento do movimento nazista na Alemanha dos anos 1920-1930. Devido à sua
orientação sexual, o oficial tinha muitos inimigos dentro do partido. O
resultado da sua união com Hitler não poderia ser diferente. Quando o fürher percebeu
que Ernest poderia lhe causar sérios problemas (tipo uma contradição histórica
inexplicável), decidiu tirá-lo do seu caminho. Fez o mesmo que fazia com muitos
dos homossexuais da época: matou.
5. Harvey Milk
(1930 – 1978)
Harvey Milk, representante
distrital de São Francisco, foi o primeiro gay assumido a vencer uma eleição
nos Estados Unidos. Em uma sociedade conservadora da década de 1970, ele
discursava em favor da liberdade e tentava dar esperança aos gays. Seu ativismo
foi importante na luta gay: 11 meses após ser eleito, Milk conseguiu aprovar
uma lei sobre os direitos dos homossexuais de São Francisco. Personalidade
polêmica e visada por conservadores, o militante foi assassinado um anos após
ser eleito. Para conferir a história do político, vale assistir “Milk – A Voz da Igualdade”, de Gus Van
Sant.
6. Alan Turing (1912
– 1954)
Alan Turing, matemático e
cientista da computação. Turing foi um dos responsáveis pela formalização do
conceito de algoritmo, base da teoria da computação. Também criou a Máquina de
Turing, tecnologia que deu origem ao computador moderno. Durante os anos 1940,
ajudou a projetar o supercomputador Colossus, que desvendava códigos secretos
dos nazistas. Apesar de suas grandes façanhas, respondeu um processo criminal
em 1952. O crime? Homossexualidade. A pena? Tomar hormônio sexual feminino,
condenação que teria prejudicado sua saúde e, dois anos depois, provocado sua
morte.
7.
Tim Cook (1960 – )
Cook pode não ter mudado ainda os rumos da
civilização, mas poder para isso não falta. Tim Cook, que seria homossexual
assumido e já foi apontado pela imprensa americana como o gay mais poderoso do
mundo, é o presidente da Apple e sucessor do mítico Steve Jobs. Por que o cara
é poderoso? Sua responsabilidade é nada menos que comandar a fabricante de
computadores, tablets e smartphones no lugar do fundador da companhia. Cook
entrou na Apple em 1998 para supervisionar a produção de computadores. Chamou a
atenção de Jobs e foi se transformando em seu braço-direito. Mais de uma década
depois, foi indicado pelo próprio Steve Jobs como o próximo CEO. Diante de seu
currículo e posto, alguém duvida de seu potencial para mudar a História?
http://www.cedsrio.com.br/site/noticias/2013-10/superlistas-7-gays-que-marcaram-historia
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