segunda-feira, 26 de maio de 2014

Casal de pinguins homossexuais são os melhores pais de um zoológico da Inglaterra




Um casal de pinguins homossexuais está criando um filhote abandonado por seus pais em um zoológico em Kent, na Inglaterra.
Os funcionários do Wingham Wildlife Park deram uma ajudinha para a adoção acontecer.
Os dois pinguins-de-Humboldt machos, chamados de Jumbs e Kermit, receberam o ovo há um mês. Segundo o proprietário do zoológico, Tony Binskin, “eles são, até agora, os dois melhores pais pinguins” que o local já teve.


A história
Jumbs e Kermit foram vistos juntos pela primeira vez em 2012. Ao formarem um casal, eles deixaram as duas fêmeas do zoo sem companheiros.
“Enquanto foi bom ver dois dos nossos pinguins juntos, na verdade ficamos não com dois, mas com quatro aves sem cruzar dentro de nossa coleção”, disse Binskin.


Como a espécie está em declínio na natureza, o parque zoológico trouxe dois novos machos destinados à reprodução. No entanto, a cada vez que a fêmea Isobel colocava um ovo, seu parceiro Hurricane se recusava a sentar-se sobre ele.
De acordo com o relato da esposa do Sr. Binskin, Jackie, Hurricane era um parceiro muito imprudente, que adorou engravidar Isobel, mas depois fugiu de qualquer outro trabalho. Parece familiar, não?
Isobel pôs outro ovo em março, mas foi novamente forçada a deixá-lo sozinho para encontrar comida.
Assim, o pessoal do zoo resolveu que Isobel precisava de ajuda. Seu ovo foi dado a Jumbs e Kermit no ano passado, mas não conseguiu chocar.
O casal homossexual recebeu um novo ovo em 12 de abril, que dessa vez foi incubado com sucesso. (A população de pinguins-de-Humboldt agradece aos queridos papais).
“Nós ainda estamos começando nossos esforços de melhoramento de números da espécie, e este é apenas o nosso segundo ano de criação, mas ter esses bons pais substitutos disponíveis caso precisemos deles é um grande bônus para nós”, conta Binskin.
Essa história é apenas uma dentre milhares protagonizadas por casais de animais gays. A homossexualidade não é nada incomum no nosso mundo, mesmo fora da espécie humana. E, como Jumbs e Kermit provaram, a adoção por casais amorosos é muito melhor do que deixar um novo serzinho perecer sem ajuda. [BBC]
http://hypescience.com/

sábado, 24 de maio de 2014

Como eram tratados os gays de antigamente, a mulher sofria demais, o gay sofria o dobro?



Na Grécia antiga, as mulheres só serviam para reprodução... Prazer era exclusividade do macho... e só valia homem com homem mesmo...Era perfeitamente normal e aceitável a homossexualidade.

Muitas sociedades consideravam a homossexualidade como algo "normal". O exemplo mais conhecido é a Grécia antiga. O amor entre os homens era idealizado na arte e na poesia grega. A mitologia grega está cheia de histórias de amor de gays e lésbicas. Na sociedade grega um homem que se apaixonasse e tivesse relações sexuais com outro homem era visto como sendo perfeitamente normal.

A história de Adonis e Narciso, por exemplo, fala de um deus caindo na luxúria e perseguindo belos jovens. O culto a Adonis tinha templos e festivais dedicados a celebrar e promover relações gays...um sucesso!!!!!!!!

Isso não deve levar-nos a crer que a sociedade grega era um paraíso sem opressão. Era uma sociedade baseada na escravidão, na qual a maioria da população era composta de escravos. Escravos não tinham nenhum direito - escravos fortões para trabalhos pesados, escravos passivos (ou efeminados) para trabalhos domésticos, e assim por diante.

Além do mais, as mulheres possuíam uma moral tão baixa, que os homens pensavam que era impossível para eles e uma mulher terem uma relação amorosa de igual para igual - as mulheres eram para cuidar da casa e das crianças, o amor era com rapazes. Era uma sociedade altamente opressiva e deprimente.

Na cidade de Esparta o amor entre jovens e homens era um aspecto importante em seu exército. Um guerreiro treinava um jovem na arte da guerra, um aprendizado longo e árduo. A relação entre o guerreiro e o seu aprendiz era próxima e vital, tão importante que os planos de batalha do exército espartano eram feitos com base nessa relação.

No Japão feudal - os samurais - tinha idéias semelhantes às dos espartanos, refletidas em poemas e histórias de amor gay da época.

Ainda fazia parte das obrigações do aprendiz "servir de mulher" ao seu mestre, havendo a crença de que, por meio do esperma, se transmitiam heroísmo e nobreza. Uma loucura total!!!!!!!!

Também havia a justificativa de treiná-los para as guerras, nas quais inexistia a presença de mulheres. Era um privilégio da nobreza.

Nas olimpíadas gregas, os atletas competiam nus, exibindo a beleza física, sendo proibida a presença das mulheres nas arenas pois eles achavam que elas não tinham capacidade para apreciar o belo.

Que besteira dos gregos...Se a mulher não era capaz de apreciar o belo... quem seria?

Assim não há nada de pervertido no amor gay. A sua existência pode ser constatada em quase todas as sociedades, mesmo naquelas que o proíbem ferozmente.

O amor entre pessoas do mesmo sexo é um aspecto comum da sexualidade humana. O que precisa ser explicado é porque algumas sociedades o oprime.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Martírio no claustro








Outro dia, vi alegres freirinhas vendendo pães caseiros pelo bairro e imaginei quem escolhe tornar-se freira hoje em dia. Algumas possibilidades: tímidas interioranas, adolescentes manipuladas por mães e avós religiosas ou moças pobres e/ou idealistas.

http://zonacurva.com.br/martirio-no-claustro/

Mesmo as mais convictas noviças teriam suas certezas abaladas se lessem o clássico A Religiosa, do dramaturgo e romancista Denis Diderot, lançado em 1796, após sua morte. Estamos no século 21 e talvez as coisas tenham mudado um pouco nos conventos mas o martírio sofrido no claustro pela personagem principal, Suzanne Simonin, abala a fé da mais fervorosa das beatas.
O livro relata a história de Suzanne, filha bastarda de uma família aristocrática, e obrigada a se recolher ao convento. O seu calvário tem um pouco de tudo: abandono familiar, bullying por parte das outras freiras, perseguição pela madre superiora e assédio lésbico. O romance colocou a mão na ferida dos abusos praticados nos conventos franceses da época.
As duas Religiosas
Quarenta e sete anos depois da adaptação do livro ao cinema pelo diretor francês Jacques Rivette, em 1966, um dos artífices da Nouvelle Vague, o diretor, também francês, Guillaume Nicloux aceitou o desafio de realizar uma nova adaptação cinematográfica do romance.
Inevitável a comparação entre os dois filmes. Enquanto Rivette centra seu longa mais na crueldade da Igreja e na hipocrisia social da época que transformam Suzanne em uma verdadeira prisioneira, Nicloux filma as agruras de Suzanne de maneira mais palatável.
Talvez uma certa condescendência do filme de Nicloux com a Igreja venha do fato de sua confissão de que quase tornou-se padre. “Salvou-me o rock-n’-roll, em vez de padre, virei punk”, confessou o diretor ao crítico Luiz Carlos Merten, no jornal O Estado de São Paulo na última sexta (dia 6).
Na nova versão, Suzanne é vivida pela atriz Pauline Étienne. Sua expressão de moça desamparada cai como uma luva para o papel e nos desperta desmedida compaixão. Já o trabalho da magistral Anna Karina, que viveu Suzanne no filme de 66, são outros quinhentos: de inalcançável sofisticação psicológica.
O filme de Nicloux conta com um trunfo: a bela interpretação de Isabelle Huppert da madre superiora do segundo convento de Suzanne e que tenta iniciar a protagonista no caminho da homossexualidade. A atriz de 60 anos e extenso currículo no cinema francês e europeu dá vida a uma madre atormentada pelos dilemas de seus desejos lésbicos.
No filme de Rivette, assistimos de forma explícita a cumplicidade da Igreja na época com as absurdas regras sociais do status quo vigente. A Igreja corroborava com a opressão de uma aristocracia que teria sua cabeça cortada na Revolução Francesa, em 1789.
Truffaut costumava dizer que a Nouvelle Vague “só aconteceu por causa do empenho de Rivette”. Um dos diretores menos conhecidos do movimento cinematográfico francês, Rivette arranca uma atuação arrebatadora da atriz preferida de Godard, a dinamarquesa Anna Karina.
Em seu lançamento na França, a igreja tentou barrar a exibição do filme, o que aguçou a curiosidade do público e garantiu seu relativo sucesso. Rivette foi tema de mostra em São Paulo no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), entre o final de junho e começo de julho.
O livro de Diderot é baseado na história de Margueritte Delamarre, cujo pai a confinou em um convento quando tinha apenas três anos. Mesmo tendo apelado à Justiça contra seus votos forçados, em 1752, ela perdeu o processo e permaneceu enclausurada até a morte.
O filme de Rivette está disponível em DVD.
situai um homem numa floresta, ele tornar-se-á feroz; em um claustro, onde a ideia da necessidade junta-se à da servidão, é pior ainda; de uma floresta se pode sair, mas não de um claustro; é-se livre na floresta, é-se escravo no claustro. É preciso talvez com mais vigor de alma para resistir à solidão do que à miséria; a miséria envilece, a clausura deprava. Valerá mais viver na abjeção do que na loucura? É o que não ousarei decidir; mas cumpre evitar a uma e a outra”