Lisboa - O patrão da Semba
Comunicação, José Paulino dos Santos “Coreon Dú” está em vias de fazer um
esclarecimento público para justificar o conhecido “Beijo gay”
protagonizado por dois actores da sua novela “Jukulomesso” que está a ser
transmitida pela Televisão Pública de Angola (TPA)
Fonte: Club-k.net
«O Beijo que escandalizou a Nação»
Em analises internas, o também músico
faz transparecer que a justificação pública deve ser feita através
da televisão, órgão com maior audiência em Angola, por um porta-voz da própria
Semba Comunicação, e não por ele próprio.
A sua preferência é que a reacção seja
feita na voz de um quadro com aceitação juvenil prestigio nacional
com o perfil de Divaldo Júlio Martins, um antigo porta-voz da
Polícia Nacional que agora presta assessoria ao GRECIMA/Semba Comunicação.
O polemico “beijo gay” foi alvo de
criticas por parte da sociedade angolana que acusam a Semba Comunicação de
transportar hábitos alheios a cultura angolana. Escritores como José
Eduardo Agualusa e o jornalista Walter Cristóvão foram uma das vozes mais
sonantes que fizeram reparos e criticas sobre a introdução deste “fenómeno” via
Jukulumesso.
Crentes Católicos manifestam indignação
Celso Malavoloneke, um dos mais
categorizados líderes de opinião que goza da confiança da Igreja
Católica, juntou também a sua voz tendo expressado (via facebook) da seguinte
forma: “Confesso que não vi o famoso «Beijo que escandalizou a Nação». E,
pelos vistos, não perdi nada. Os filhinhos de papai que ascendem a cargos de
muito mais responsabilidade que a sua idade, experiência e compromisso com a
Nação permite, deviam dar-se a um maior respeito, se querem ser respeitados. Ou
então, os papais têm que pôr os seus filhinhos na ordem, para que não partilhem
a sua vergonha. Aos dirigentes das nações, recomenda-se que respeitem os seus
povos e eduquem os seus rebentos a fazê-lo também. Não pode ser de outra forma,
a não ser que estejam a considerar a Nação que lhes dá mais que o normal, um
País de aluguer... o que assume contornos complicados.”
Ainda sobre o mesmo assunto, um crente
católico, Domingos das Neves alega que “Eu não sou contrário a
essas tendências, comportamento e opções de convivência entre pessoas de ambos
os sexos. Mas sou contrário que esse tipo de tendências, em princípio estranha
às culturas autóctones, seja divulgada por meio da televisão pública, que é
sustentada com o dinheiro público.”
Para o também advogado formado em Roma,
“Não ficaria mais fácil abril um canal televisivo privado e assim fazer passar
o que se bem quer? Será que essa atitude fere a moral pública? Se sim, as hierarquias
das Igrejas (e outras autoridades) onde é que se estão a esconder? Posso
imaginar que se isso viesse de pobres rapazes (ou rapazes pobres) até a
inquisição não seria suficiente para mandar queimar Joana D'Arc.”
Imagem: pt.best-wallpaper.ne
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