Em outubro de 2013 começamos uma
pesquisa inovadora com a finalidade de examinar as relações entre pobreza,
orientação sexual e o fato de uma pessoa ser refugiado/a no Reino Unido. Para
ter acesso ao relatório, basta acessar aqui: http://goo.gl/gB0IiT
Como parte de nossa pesquisa,
entrevistamos 50 lésbicas e gays refugiados de 13 países diferentes, que
compartilharam algumas das experiências de perseguição e discriminação que
haviam enfrentado.
Um dos objetivos da Micro Rainbow
International é mudar as atitudes sociais, a fim de alcançar a igualdade
para as pessoas LGBTI . Ao compartilhar estas histórias, esperamos aumentar a
consciência sobre os principais problemas enfrentados por tais pessoas e dar
mais um passo no sentido da igualdade para todos. Se você quer nos ajudar a
mudar as atitudes sociais, por favor, compartilhe essas histórias nas redes
sociais; juntos podemos fazer a diferença.
Dentro da família
Minha família me expulsou de casa
quando descobriram. Eu tive que deixar minha comunidade. Eu estava com muito
medo, pois eles eram muito religiosos e com forte influência na comunidade. (Jamaica)
Na Argélia, quando eu era ainda
criança, meu pai me apanhou de surpresa vestido como uma mulher, me bateu
várias vezes e queimou minha perna com um maçarico.
Na Uganda, eu fui pego com a
minha namorada na véspera de Ano Novo por meus irmãos e irmãs. Eles me bateram
e me levaram para a delegacia.
No Malawi, fui pego pela minha
família beijando minha namorada, meu pai me deserdou e a comunidade reagiu de
forma violenta. Você não pode contatar ninguém, você tem medo de todo mundo,
você não é nada.
Meu pai me expulsou de casa e
tentou “me exorcizar”, já que acreditava que eu estava possuído por um demônio.
(Uganda)
Quando meus pais descobriram
sobre mim, eles chamaram um feiticeiro para me purificar e tentaram “me
exorcizar”, fizeram com que ele bebesse o sangue de uma galinha, etc. (Gana).
Na escola
Fui expulso da escola, espancado
por meus colegas de classe e até mesmo pelos porteiros. Eu estava ferido, não
podia ir para casa, passei duas noites na rua, tinha que encontrar um abrigo
para viver dois meses com meu companheiro. Eu realmente estava com fome. (Uganda)
Quando eu estava na universidade,
eu fui visto com um cara, e depois fui humilhado pelos outros estudantes. Fui
espancado, obrigado a andar nu pelos corredores, etc. (Gana)
Na Uganda, fui expulso da escola
quando descobriram que eu era lésbica.
No local de trabalho
Meu chefe quase me despediu
quando descobriu que eu era lésbica, ele começou a mudar meus turnos, me
escondia no local de trabalho, não me atribuia nenhuma tarefa ou tampouco me
pagava corretamente. (Uganda)
Na Jamaica, ninguém queria me dar
um trabalho, portanto eu não tinha outra escolha além de montar o meu próprio
negócio. Eu tentei ser um garçom em Le Meridian hotel, mas quando eles souberam
que eu era gay eles me bateram.
Na Uganda, quando eu terminei o
meu curso de administração, fui forçada a casar com o filho do meu chefe quando
ele descobriu que eu era lésbica. Após seis meses eu fugi.
*Muito obrigado ao nosso
voluntário Diego Bielinski pela tradução deste texto.
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custeio de atividades que abordam a pobreza das pessoas LGBTI no mundo.
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