Vamos a mais uma história de amor real
entre duas mulheres contada aoBlogSoubi. Elas se conheceram no trabalho e
ficaram amigas. Nenhuma delas havia se interessado alguma vez por uma mulher,
então demoraram a perceber o sentimento que nascia aos poucos.
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Como a maioria das pessoas que descobre
o sentimento por uma pessoa do mesmo sexo, elas tentaram lutar contra. “Acho
que todo mundo que passou por isso sabe que não é nada fácil, lutar contra os
conceitos, os preconceitos, as circunstâncias, as crenças, os valores da
sociedade e toda essas perguntas”, contou uma das personagens dessa história
por e-mail.
Mas elas ultrapassaram todos esses
obstáculos. “Quando se ama de verdade, não existe nada que não ultrapasse as
barreiras, não importa mais a idade, a cor, a embalagem que a pessoa veio e o
que os outros vão dizer”, disse a mulher apaixonada.
Foi então que há um ano e cinco meses,
no dia 8 de março de 2012, elas deram o primeiro beijo, seguido de um intenso e
demorado abraço.
Essa relação, no entanto, não tinha
espaço para crescer. Há um ano e cinco meses, elas sofrem diariamente com essa
situação. Uma delas não pode se comprometer. Tem família, filhos, marido. Ela
já tentou se desvencilhar, mas foi em vão. E não vamos entrar nesses detalhes
em respeito à privacidade das leitoras.
A outra continua solteira e nunca mais
se relacionou com ninguém, depois de ter sentido a “melhor sensação do mundo”,
como ela mesma descreve no e-mail.
Elas se falam pelo celular, Facebook e,
de vez em quando, se encontram. Mas evitam se envolver. Por enquanto, é um amor
que está guardado, não pode se desenvolver.
É mais um dos dilemas vividos por
leitoras do blog. Duas pessoas que se amam e não podem viver o amor por conta
da família e dos nossos “padrões sociais” (não vou cansar de falar sobre isso).
Vez ou outra, as duas trocam juras de amor nos posts do blog, mas sempre com
muita discrição.
A leitora, autora do e-mail, diz que não
vai desistir. “Eu poderia viver mil anos, se eu não tivesse descoberto esse
amor, não teria valido a pena. Não me arrependo e me sinto uma pessoa amada,
mesmo longe e com todas as barreiras”, confidencia.
Muitas pessoas poderiam dizer: “Mas por
que elas não vivem logo tudo isso, em vez de ficar esperando? Aliás, o que elas
estão esperando?”.
Há uma série de fatores envolvidos. O
egoísmo de outras pessoas, o medo das críticas, das reprovações e a nossa
tentativa de sempre tentar agradar mais aos outros do que a nós mesmos.
Apesar de tudo isso, acredito que em
algum momento e, com muita coragem e esforço, todos esses amores não vividos
conseguirão encontrar o melhor caminho para ser feliz. Se depender da
mulher que contou essa história de amor por e-mail, pedindo que ela fosse publicada
em homenagem à sua amada, acho que esse caminho poderá ser mais curto.
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